Surdas vítimas de agressão prestam depoimento à polícia e cobram Justiça

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Vítima teve faca pressionada contra o tórax pelo suspeito

Duas mulheres surdas que teriam sido vítimas de agressão prestam depoimento à Polícia Civil nesta quinta-feira (27), na Delegacia da Defesa da Mulher, em Maceió. Elas cobram Justiça. Parte das agressões foi filmada e ganhou as redes sociais, revoltando diversos internautas.

Nas imagens, é possível observar que a vítima – que é surda e muda -, tem o cabelo cortado pelo suspeito, e a faca fica pressionada contra o seu tórax por diversas vezes. O homem apontado como responsável é Lucian Ferreira.

Maristela Fideli, de 31 anos, foi filmada nua e clamando por misericórdia para não ter a sua vida ceifada. O suspeito, que também é deficiente auditivo, segura uma faca na mãos e faz uma série de perguntas. na língua de sinais.

A família da vítima não sabe precisar o que levou à fúria do agressor, mas acredita que, independente do motivo, ele precisa ser devidamente responsabilizado pela polícia. Maristela dividia uma casa com outra mulher, que acabou se envolvendo com o suspeito e levando-o para dentro da residência.

“Minha irmã não está conseguindo sequer andar depois da série de agressões e tudo foi filmado. As pessoas viram isso. Por sorte, ela não foi morta e está se recuperando. Fomos até a polícia cobrar uma resposta e fomos informados que ele não pode ser preso porque o flagrante já passou.

É preciso mostrar para as autoridades que ela é vítima e que chegou a ficar escondida por familiares do suspeito”, apontou Samara Fideli, irmã da vítima.

Ainda segundo a irmã, um dos supostos motivos para as agressões é o de que o suspeito buscava nomes de pessoas que teriam falado mal dele. Por isso, segundo ela, Lucian pergunta por nomes de colegas surdos. “Eu não consegui assistir nem ao início do vídeo. Ele colocou a faca contra o peito da minha irmã.

Nada justifica esse ato absurdo. Além disso, ela foi retirada da casa dela e levada para a residência de um parente dele. Por sorte, após muita procura, a encontramos”, frisou.

A outra mulher que foi vítima das agressões seria companheira do agressor. Ela teria sido obrigada a gravar o vídeo e, em caso de negativa, seria penalizada. “Minha irmã precisa de ajuda para andar pela casa e, ferida no rosto, não consegue nem abrir os olhos.

Ela sofreu muito e queremos que a Justiça seja feita. Não existe a versão da família do suspeito de que ele é doido. Nunca foi e não é agora que vai virar um doente mental”, conta Samara.

Gazetaweb

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